Ai, que saudade da Amelia - Ataulfo Alves e Mário Lago
Dia 26 de agosto é um marco muito especial para a nossa sociedade. Poderia ser apenas uma terça-feira comum, mas na verdade é a oportunidade de relembrarmos as vitórias de uma luta constante que, a cada dia, avança para garantir a igualdade entre os gêneros. Não é à toa: é o Dia Internacional da Igualdade da Mulher. E para entendermos a importância dessa luta, vamos relembrar os tempos em que esses ideais estavam longe de se tornar realidade, com o samba Ai, que saudade da Amelia, dos compositores Ataulfo Alves e Mário Lago, na interpretação do grupo Demônios da Garoa.
Pode parecer sutil, mas o sambinha que acabamos de ouvir, por mais agradável e divertido que possa soar, demonstra bem o machismo presente em nossa sociedade. No caso do contexto histórico de sua composição, a sociedade urbana do Rio de Janeiro na década de 1940, essa mazela social estava ainda mais em evidência. "É surpreendente analisar a letra de ‘Amélia’ e perceber as conquistas da luta feminista no Brasil e no mundo", comenta a professora de geografia Lizete Soares, da EMEF Bernardo O’higgins, em São Paulo. "Se essa música fosse lançada hoje, ao menos alguns sinais de revolta seriam vistos em grupos ativistas da sociedade".
Mário Lago e Ataulfo Alves, apesar de célebres sambistas, não perceberam como estavam denegrindo a imagem da mulher ao valorizar Amélia. Uma mulher que não tem vaidade, passa fome e não reclama e, basicamente, não tem vontades próprias, é valorizada, nesse caso, como uma "mulher de verdade". "Para muitos homens, a luta de conquista pelo espaço feminino na sociedade é vista como uma ameaça", diz Lizete. "Não se percebe que, como no caso do voto feminino, conquistado no Brasil em 1932, expande-se a atuação de cidadãos na esfera pública, o que é um ganho para a sociedade". Para todas as mulheres e homens que lutaram por essas conquistas, e em nome daqueles e daquelas que ainda têm muito o que aprender com essa luta, desejamos um feliz Dia da Igualdade da Mulher!
Dia 26 de agosto é um marco muito especial para a nossa sociedade. Poderia ser apenas uma terça-feira comum, mas na verdade é a oportunidade de relembrarmos as vitórias de uma luta constante que, a cada dia, avança para garantir a igualdade entre os gêneros. Não é à toa: é o Dia Internacional da Igualdade da Mulher. E para entendermos a importância dessa luta, vamos relembrar os tempos em que esses ideais estavam longe de se tornar realidade, com o samba Ai, que saudade da Amelia, dos compositores Ataulfo Alves e Mário Lago, na interpretação do grupo Demônios da Garoa.
Pode parecer sutil, mas o sambinha que acabamos de ouvir, por mais agradável e divertido que possa soar, demonstra bem o machismo presente em nossa sociedade. No caso do contexto histórico de sua composição, a sociedade urbana do Rio de Janeiro na década de 1940, essa mazela social estava ainda mais em evidência. "É surpreendente analisar a letra de ‘Amélia’ e perceber as conquistas da luta feminista no Brasil e no mundo", comenta a professora de geografia Lizete Soares, da EMEF Bernardo O’higgins, em São Paulo. "Se essa música fosse lançada hoje, ao menos alguns sinais de revolta seriam vistos em grupos ativistas da sociedade".
Mário Lago e Ataulfo Alves, apesar de célebres sambistas, não perceberam como estavam denegrindo a imagem da mulher ao valorizar Amélia. Uma mulher que não tem vaidade, passa fome e não reclama e, basicamente, não tem vontades próprias, é valorizada, nesse caso, como uma "mulher de verdade". "Para muitos homens, a luta de conquista pelo espaço feminino na sociedade é vista como uma ameaça", diz Lizete. "Não se percebe que, como no caso do voto feminino, conquistado no Brasil em 1932, expande-se a atuação de cidadãos na esfera pública, o que é um ganho para a sociedade". Para todas as mulheres e homens que lutaram por essas conquistas, e em nome daqueles e daquelas que ainda têm muito o que aprender com essa luta, desejamos um feliz Dia da Igualdade da Mulher!
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