sexta-feira, 22 de agosto de 2014


Ninguém é igual a ninguém, portanto é natural e esperado que o ritmo de aprendizado seja diferente para cada criança. Ao longo do ano, sempre aparecem defasagens entre os alunos: uns são mais rápidos, outros têm mais dificuldade. Para que esses desníveis não se acentuem com o tempo, muitas escolas têm oferecido programas de reforço escolar no horário contrário ao das aulas. "Temos um sistema com metas gerais, mas cada indivíduo é de um jeito", explica Harlei Florentino, diretor do Colégio Oswald de Andrade, de São Paulo. "Por mais que as aulas procurem atender às necessidades de todos, às vezes é preciso dispor de um tratamento mais individualizado". 

No reforço, os alunos com essas chamadas defasagens - diagnosticadas por professores, com apoio da coordenação ou da diretoria - são reunidos em pequenos grupos para aulas mais dirigidas. "Assim são resolvidos problemas pontuais de assimilação de conteúdo", diz Harlei. A professora Maria Alzira, coordenadora do 1º e 2º ano do Fundamental I do Colégio Sion, também na capital paulista, defende igualmente o papel do reforço na instituição: "Nosso objetivo é dar suporte para que a criança supra as suas dificuldades e avance no processo de aprendizagem de forma tranquila".


As aulas são mais divertidas
Para envolver os alunos com dificuldades no Ensino Fundamental, é comum que o reforço escolar seja pensado de maneira mais lúdica. Nas aulas, os professores propõem jogos, recursos audiovisuais e muitas vezes se comunicam de maneira mais personalizada com os alunos - que, em geral, são poucos ou apenas um por vez. "Escolhemos professores com perfil próprio para esse apoio: que tenham paciência, amor e, principalmente, persistência", ressalta a diretora Marileia da Cunha Melo.

. A escola se responsabiliza pelo aprendizado
Quando o reforço é feito na própria escola, isso mostra como a instituição está preocupada em resolver as dificuldades dele ali mesmo - sem esperar que os pais cuidem disso com professores particulares. A criança também entende que é ali que ela terá suas dúvidas resolvidas, o que realça a relação de confiança que tem com o lugar.
3. O problema pode estar na comunicação professor/aluno
Isso não quer dizer que se trate de um mau professor, assim como não é o caso de seu filho ser necessariamente um mau aluno. A comunicação no aprendizado de um determinado tópico pode estar falha. Por isso a explicação de outro professor pode fazer toda a diferença. "Optamos muitas vezes por professores em início de formação, que podem explicar tópicos de maneira nova, sem os hábitos acumulados nos anos de ensino", conta Harlei Florentino, do Oswald de Andrade.

4. Reforço na escola não vicia
Sua preocupação é que seu filho transforme as aulas de reforço em uma espécie de muleta de aprendizado? Essa deixa de ser uma questão quando a política da escola é retirar o aluno do reforço assim que ele estiver apto a acompanhar o restante da classe, como ocorre no Colégio Sion: "A criança não tem tempo determinado de participação no reforço, podendo ser liberada ou convocada a qualquer momento do ano letivo, de acordo com as necessidades individuais", explica a coordenadora Maria Alzira

. Aprender a estudar
O reforço pode ser a oportunidade de a criança aprender a estudar de forma diferente da que vinha adotando. Como estará em um grupo menor e com mais atenção do professor, ela percebe que método funciona melhor: ler em voz alta, fazer resumos ou exercícios. "O professor do reforço também dá orientações de estudo", lembra Harlei Florentino, diretor do Oswald de Andrade.

http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/reforco-escolar-bom-734924.shtml

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