sábado, 24 de janeiro de 2015

Volta as aulas


É muito comum crianças e adolescentes terem dificuldades para entrar no ritmo escolar após passar as longas férias de verão distante do ambiente escolar, seja em casa ou viajando. Mas saiba que, mais do que possível, é muito importante que seu filho comece o ano bem motivado.
O primeiro passo é tranquilizá-lo, já que um novo ano costuma ser a causa de muita ansiedade. "Os amigos serão os mesmos? E se forem novos colegas, eles vão gostar de mim? Quem serão os novos professores? Será que vou gostar das matérias da nova série?". Essas e outras perguntas estão na cabeça da molecada quando chega a hora de voltar para a escola.

Cabe também a você, como pai, se avaliar. "Será que não sou eu mesmo a causa de grande parte da ansiedade de meu filho?". Muitas vezes não acreditamos que na escola nosso filho terá a mesma atenção e carinho que recebe em casa. Tente se tranquilizar. "A escola é o melhor lugar para seu filho estar. Lá, ele conquista independência e autonomia", garante a pedagoga Rita Arruda, da Escola Árvore da Vida, em São Paulo. 

1) Organizar o material escolar e a mochila
Toda criança gosta de organizar o material escolar para a volta às aulas, principalmente se ele for todo renovado. Mas atenção: renovar não significa apenas comprar material novo. Claro que no começo do ano é necessário trocar muita coisa. Mas você pode aproveitar livros usados por outras crianças, encapar cadernos que já possuía, reparar lápis, estojo e mochila. Essas mudanças já deixam a criança motivada e ansiosa para usar o material, mesmo quando não é recém-saído da loja.

Outra ideia é pedir para seu filho escrever nas etiquetas, ele mesmo, todos os seus dados pessoais - como nome, série e disciplina.

2) Arrumar o local de estudo
Para ter vontade de estudar, a criança precisa de um local aconchegante. Se ela já tem uma escrivaninha ou uma mesa onde costuma estudar, proponha uma nova organização. Junto com seu filho, esvazie gavetas e arrume tudo novamente. Se o seu filho não tem um cantinho para estudar, é hora de providenciar um. Pode até ser a mesa da sala ou da cozinha, mas o seu filho tem de sentir que aquele espaço é só dele na hora de fazer a lição de casa.

Regina Scarpa, coordenadora pedagógica da Fundação Victor Civita, lembra que é importante que o local tenha uma boa iluminação - seja por luz natural de uma janela, ou artificial, de uma lâmpada - e que a televisão esteja desligada ou bem longe.

3) Retomar o que a criança mais gosta na escola
É hora de lembrar seu filho de tudo o que a escola tem de bom. Fale das pessoas que ele mais gosta e irá reencontrar, ajude-o a relembrar os passeios e atividades do outro ano que ele mais gostou. Nos primeiros dias, se possível, chame um ou mais coleguinhas para brincar com seu filho. É uma maneira de estreitar novamente as amizades e de fazer com que seu filho tenha ainda mais vontade de ir para a escola.

4v) Compartilhar suas próprias experiências
Há momentos na vida escolar que são mais sensíveis. Se seu filho vai para o 6o ano, por exemplo, não terá mais só um professor. Que tal contar para ele um bom momento de sua vida escolar para acalmá-lo?

"Falar sobre como o contato com diferentes professores é interessante, ajuda", conta Regina Scarpa, coordenadora pedagógica da Fundação Victor Civita. Além disso, vale a pena seu filho ter uma agenda, para se organizar com o número grande de tarefas escolares exigido por cada professor.

5) Se a escola for nova, ajudar na readaptação
Se o seu filho está trocando de escola nesse ano, vocês terão um importante período de adaptação. Se necessário, acompanhe-o nos primeiros dias de escola. Se não puder, mande a avó, a tia ou alguém em quem a criança tenha confiança.

Não deixe de explicar ao seu filho por que aconteceu a troca e fale sobre tudo o que tem de bom na escola nova. Ele vai ficar curioso para ver todas essas novidades.

Além disso, estimule-o a se enturmar. Encontrar colegas que tenham interesses em comum é importante nessa fase. Mas aceite o ritmo do seu filho. Não se espante se ele estiver calado no início. Cada um tem um ritmo. Esteja disponível para conversar se ele quiser.

Conhecer a direção, os professores e ter confiança no colégio fazem seu filho confiar também. Mas, se passar alguns meses e ele não se adaptar mesmo, o ideal é repensar a escolha e considerar a troca de escola.

6) Buscar orientação com profissionais da escola
Algumas crianças e jovens têm mais dificuldade do que outras para voltar ao ritmo, aceitar mudanças ou lidar com a rejeição. Caso você note uma alteração muito brusca no comportamento do seu filho, como agressividade ou desânimo, busque ajuda especializada com a coordenação da escola.

7) Voltar à rotina gradualmente
Nada de mudanças bruscas. Se o seu filho viu muita televisão nas férias e você quer que ele diminua a quantidade durante o período de aulas, tem de fazer isso aos poucos, pois as crianças sofrem mais com mudanças radicais. Vá diminuindo o tempo diário de TV gradualmente. O mesmo vale para as horas de sono, o horário de acordar, o tempo para brincar... Faça tudo aos poucos, de modo que seu filho não sinta que simplesmente parou de se divertir porque as aulas recomeçaram.

8) Jogos e atividades de integração
Informe-se se na escola do seu filho os professores dão atenção a atividades de integração lúdicas, especialmente no começo do ano quando muitas crianças ainda não se conhecem. Alguns exemplos são aulas de circo, oficina de contação de histórias, caça ao tesouro, gincanas.
9) Criar uma rotina
É importante que tanto você quanto seu filho criem uma rotina de atividades que deve ser seguida até o fim do ano. Isso porque durante a vida escolar, as lições de casa, os trabalhos e as provas se tornam cada vez mais frequentes, exigindo dos alunos organização e planejamento. A falta de uma rotina pré-estabelecida muitas vezes compromete o aproveitamento do seu filho na escola.

Isso inclui o horário para levantar, ir à escola, fazer as lições, dormir. Mas você também deve ter o hábito de conversar sobre o cotidiano da escola - o que foi ensinado naquele dia; que tipo de trabalhos foram feitos com os colegas - e deve impedir que a criança falte às aulas ou deixe de cumprir as atividades no horário em que foram combinadas.

Seja firme. Por mais que seu filho choramingue, não queira acordar cedo e sinta falta das férias, não ceda. A adaptação à rotina depende da sua postura como mãe ou pai.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015


Novo secretário diz que meta inicial é melhorar a gestão da Educação em Salvador

Entre os desafios do novo secretário estão a criação de um sistema pedagógico e escolar próprio.

Quem entrasse na sala de Guilherme Bellintani há três semanas - quando ele era o secretário municipal de Desenvolvimento, Turismo e Cultura  e o presidente da Saltur - ia se deparar com uma parede tomada de papéis. Mais precisamente, 92: um para cada projeto da antiga Sedes, extinta em 2015 pela nova estrutura da prefeitura.
Post-its e bolinhas vermelhas, verdes ou amarelas indicavam o estágio de cada empreitada. “A maioria estava vermelha, mas nós escolhemos fazer muitos projetos”, diz ele, que foi responsável por novidades como a Casa do Rio Vermelho, o Furdunço, o Festival da Primavera e o Réveillon de Salvador.  
Agora, a sala de Bellintani tem paredes vazias. Depois de  passar o bastão na Secretaria de Cultura e Turismo para Érico Mendonça e para Isaac Edington na Saltur, ele assumiu a Secretaria Municipal de Educação e um novo gabinete.
Mas as paredes não estão vazias por falta de projetos - muito menos de metas. “Na sua próxima visita, eles (os papéis) já vão estar aí”, garantiu, quando conversou com a repórter,  três dias após a posse.
Você já conseguiu desapegar ou ainda se vê pensando projetos para Cultura e Turismo
Quem disse que eu vou desapegar? (risos). Acho que não desapegarei nunca, mas não no sentindo de ficar pensando em projetos. É mais no sentido do legado mesmo, de gostar do que fiz. Mesmo quando sair da gestão pública, vou olhar com carinho para o que ficou. 
E qual foi o maior legado que você acredita que deixou? 
No sentido abstrato, o grande legado foi a secretaria ter liderado um processo, que foi da prefeitura como um todo, de fazer com que as pessoas voltassem às ruas. Essa marca ficou presente em todos os projetos, desde os eventos, festivais, a feira gastronômica.  Mas o que eu tive sensação de concreto mesmo foi a Casa do Rio Vermelho, de Jorge Amado.
É o que eu tenho segurança de que daqui a 10 anos meus filhos poderão ir lá, sem depender do que vem pela frente, de outra gestão. Só tive dois momentos ruins na secretaria. Um foi a festa do Rio Vermelho do ano passado, com a zona de restrição comercial (de cerveja).
A zona de restrição no Carnaval é um negócio muito bem feito. Com a festa do Rio Vermelho, não era para ter feito.  É muita mistura de patrocínio com a festa de Iemanjá. A gente não vai fazer de novo. E outro dia muito ruim foi a Conceição da Praia (quando o palco não pôde ser utilizado por falta de segurança). Foram dois dias de reflexão negativa. 
A Educação tem uma série de problemas, e você estava em um lugar onde já tinha deixado sua marca. Quando veio a proposta,  precisou pensar duas vezes? 
Foi uma coisa que veio amadurecendo. Eu sempre coloquei para o prefeito (ACM Neto) que há duas coisas que eu não teria condição de fazer, por total inabilidade: uma secretaria da Fazenda ou uma secretaria de Saúde. E a Transalvador, de fato, eu não aceitaria.
Eu vejo Fabrizzio (Muller, superintendente da Transalvador) fazendo um excelente trabalho e, ainda assim, tendo um desgaste muito grande. Ou seja, é um lugar para quem tem mais coragem do que eu. Mas para qualquer outro lugar eu teria toda disposição. 
No sábado do Festival de Jazz, você foi visto na Barra andando, sozinho, numa espécie de vistoria. Era uma despedida? 
Eu estava testando o som (risos). A gente teve um problema no primeiro dia que não foi identificado pelo público. Então, no sábado, fiquei circulando para avaliar o som. Mas o Salvador Jazz foi uma espécie de despedida, a sensação de que ali estava acabando um trabalho.  
No anúncio do secretariado, você disse que tinha feito um diagnóstico da Educação. Quais os problemas que identificou? 
Alguns problemas são inerentes a uma estrutura desse tamanho. Mais de 140 mil alunos, 428 unidades escolares, 15 mil professores e servidores... Uma estrutura desse tamanho, por si só, já é diferente. Acho que a própria posição de Salvador  no ranking educacional das capitais já é um indicativo de que rumos precisam ser corrigidos (Salvador ocupa o penúltimo lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica — Ideb). 
É comum que as cidades brasileiras adotem sistemas de prateleira. Salvador tem de construir um sistema próprio
Qual vai ser sua primeira grande medida ?
Não vai ter necessariamente grandes medidas. Vai ser uma soma de várias pequenas medidas. A primeira é tratar de coisas simples, que as coisas comecem a funcionar com mais fluidez e celeridade. E fazer a construção conjunta de um projeto pedagógico para a cidade.
É muito comum que as cidades brasileiras adotem sistemas de prateleira. Salvador tem que criar um sistema próprio de Educação. E tem total condição para isso. Essa é uma medida transformadora, mas será construída ao longo de dois anos.  
E como isso pode ser feito?
É um desafio muito grande, porque todos os sistemas nacionais preveem escolas ou creches de uma dimensão muito maior do que nós somos capazes de fazer em Salvador. Por exemplo, as escolas do modelo do governo federal precisam ser construídas em terrenos de 2,8 mil m².
Agora vá procurar um terreno desses disponível em Pirajá ou na Liberdade. Não existe. Por isso, a prefeitura está preferindo apostar na construção própria de unidades menores, que atendem a um número menor de crianças. Hoje, se a gente tiver 100 mil vagas para creche, a gente preenche todas. Temos uma meta a cumprir de 30 mil vagas de 0 a 5 anos.  
No começo do governo tínhamos oito mil vagas.  Criamos sete, falta criar 23. Cem mil é impossível. Nenhuma cidade consegue atender toda a demanda de creche. O que a gente sabe é que 30 mil vagas para crianças na educação infantil mudam a história de 30 mil famílias.
O desafio é envolver a cidade nisso. Porque a cidade sabe quantos trios elétricos saem na Barra, mas não sabe quantos alunos tem na rede.
Como fazer com que a creche funcione direito?
Quando você  estiver andando pela Graça e encontrar às 10h um aluno com a camisa da prefeitura andando, tem alguma coisa errada, porque a aula dele é de 8h às 12h. Em geral, o aluno da escola pública é um ser invisível para a classe média. Você encontra ele andando na Graça e não se questiona de nada. Se perguntarmos cinco escolas públicas municipais, ninguém sabe.
Mas nós sabemos onde é o Anchieta, o Módulo, o Oficina. A gente precisa saber onde estão as escolas municipais. Eles são nossos vizinhos e a gente não sabe. A partir do momento em que você sabe onde é a escola, em vez de fazer uma doação de alimentos para uma entidade – nada contra – que você nem sabe onde é, por que não ir ajudar a pintar a escola do seu bairro?  
Eu não estou propondo uma gestão associativista. É uma obrigação do município fazer isso. Mas você vê pouco ou quase nenhum movimento coletivo em defesa da escola pública. Não vê. Não é moda. Tem de praça, mas não tem de escola. A praça é importantíssima, claro. Mas é porque ela impacta na classe média. A escola, não. Não toca.
Pretende fazer parcerias com a iniciativa privada para arrecadar dinheiro, como na Sedes? 
Não é a prioridade. A primeira prioridade é gerir bem o volume razoável de recursos públicos que temos, que é perto de R$ 1 bilhão. É um recurso que está longe de ser o ideal, mas o plano imediato é saber gerir melhor esse recurso.
A prioridade é buscar experiências privadas que possam melhorar a gestão pública. Um exemplo que vem do próprio sistema da rede é  a merenda: nós temos que comprar o gênero alimentício, ter o prato, o gás, o fogão. Se uma dessas coisas não funciona, impacta a merenda.
O ideal é que a gente tenha o começo, meio e fim num processo único, com uma única empresa fazendo isso, porque vai ser responsabilidade dela. A rede, hoje, é montada em um sistema retalhado, quando o correto é adquirir o resultado. Quanto mais a gente conseguir resolver essa operação, mais focamos no pedagógico, que é o transformador. Tem que mudar o modelo.
Isso é para agora?
Isso é imediato. A gente vai ter uma grande melhoria com o sistema pedagógico. Tem redes privadas muito menores que a nossa que tem um sistema pedagógico próprio. Por que uma rede com 140 mil alunos não pode ter um sistema pedagógico próprio, construído por professores, por especialistas, a partir de experiencias nacionais e internacionais bem desenvolvidos?  
Daqui a dois anos, também é possível que a gente tenha uma Companhia Municipal de Arte e Educação. Temos cerca de 400 professores que ensinam arte e que querem fazer um trabalho diferenciado e não conseguem.  
Como conter a evasão escolar (3,3% no Ensino Fundamental I e 4,1% no Fundamental II)?
Há uma evasão recorrente, que é da falta de encantamento. É preciso dar encantamento com um conjunto de coisas, entregar um projeto melhor, fazer com que a merenda funcione melhor, o professor ensine melhor, o ambiente físico esteja bem cuidado. Outros encantamentos devem vir do projeto pedagógico, que é o envolvimento com a rede e professores, desse projeto de arte e cultura, de entender que a rede é sua.
Como pretende estimular os professores? 
Os professores têm um histórico recente de conquista que mostra claramente a confiança que eles podem ter no projeto da gestão municipal.  Acontece que isso precisa vir também a partir de outras coisas. O professor não quer só um bom salário e não acho que ele tenha um salário que ele mereça, apesar dos avanços.
Como qualquer um de nós, o professor vai se sentir estimulado se tiver um bom ambiente de trabalho, quando sente que o trabalho é reconhecido pelos pais de alunos, quando vê resultado, e cada vez que um professor vê um aluno lendo, aquele é o combustível principal. O que a gente precisa avançar e conquistar é que o professor tenha participação direta no futuro da rede. O sistema pedagógico próprio só vai acontecer se os professores, de fato, quiserem e liderarem isso.
Os professores terão metas?
É preciso ter metas, mas não uma meta imposta. A meta imposta é a ausência de meta. Eu pretendo conversar com os professores sobre metas desde que sejam metas nossas, tipo melhoria de qualidade, como melhoria do Ideb. Mas se os professores entenderem que não têm por que assumir esse compromisso, isso não vai acontecer.  
Se nós perguntarmos o nome de cinco escolas municipais, ninguém sabe. Mas sabe o das particulares  
Mas a secretaria tem metas?
Muitas (risos). O maior desafio é a gente conseguir envolver a rede num projeto consistente. Senão, não tem meta certa. Se não for envolvimento coletivo, vai ser meta para botar só no papel e no livrinho do planejamento estratégico e o aluno vai continuar sendo invisível às 10h. A qualidade em sala de aula não é simplesmente a qualidade do conteúdo que o professor transmite.
Temos informações de que as escolas que adotaram o sistema Alfa e Beto (18% das 428) têm resultado superior às escolas que não adotaram. O Alfa e Beto é o sistema ideal? Não. O sistema ideal é o que nasce da própria rede. Mas ter um sistema bem concebido é relevante no resultado final.
E seria muito disperso da minha parte achar que o encantamento vai resolver tudo. O encantamento é um envolvimento, mas tem questões e objetivos. É preciso ter maior quantidade de horas em sala de aula, que o professor esteja com uma formação cada vez melhor, que ele tenha  oportunidade de se formar. É preciso ter rigor com a presença do professor e a presença do aluno na escola. É preciso saber reagir à evasão do aluno. É preciso ter controle sobre os processos.   
Em outras entrevistas, você já disse que não tinha interesse em seguir carreira política. Mas seu nome sempre é citado, quando se fala em uma sucessão municipal.  Já começou a considerar a possibilidade como algo mais forte do que sua vontade?  
Eu gostei muito e estou gostando muito do que estou fazendo, mas tenho uma vida empresarial e profissional fora da gestão pública para a qual eu preciso voltar. Meus sócios falaram ‘vá, mas volte logo’. No plano público, eu vim cumprir uma missão, mas tem milhões de pessoas vinculadas à política e à gestão pública que têm uma política partidária que eu não tenho. Se houvesse uma fila, essas pessoas estariam à frente.  
Como é que você consegue administrar quatro filhos, 17 empresas e o trabalho na prefeitura? 
Não são 17. Já diminuí muito. Tenho empresas na área de educação e na área imobiliária. Eu sou uma pessoa muito intensa. Então, perguntar se é tranquilo, não é. Sou intenso o suficiente para levar os problemas para casa. Essa coisa de dividir trabalho e lazer nunca foi muito clara para mim.
Eu diria que, de tudo do trabalho, o que mais me incomoda é não ter mais tempo para os meus filhos e para minha mulher. Hoje, dedico no máximo duas horas por semana à atividade privada. Mas o aprendizado compensa. Nem nos dias mais nervosos, me arrependo.   
Quando você precisa tomar uma decisão importante – como mudar de secretaria – a quem pede opinião?  
À minha mulher. A opinião dela vem sempre cuidando para  me estimular.   
Esse ano, o Carnaval ainda vai ter algum dedo seu? 
Não, já entreguei tudo. Se eu pudesse, viajaria. Tem gente de sobra para cuidar do Carnaval.   
Vai aproveitar para curtir?
Adoro Carnaval. Todo ano, até virar secretário, eu saía vestido de mulher no bloco As Coisinha. Saía de mulher na sexta; no sábado, saía no Nana Banana, e ainda seguia Moraes Moreira ou o Mascarados. Depois que virei secretário, só andava de moto para cima e para baixo atrás dos problemas.
Esse ano, dá para voltar. Não sei se de mulher, porque seria fotografado pelo CORREIO (risos). Mas para ouvir Moraes Moreira e os Mascarados vai dar, com certeza.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Dislexia: o que é, como identificar e tratar

A dificuldade no aprendizado pode ter um motivo bem específico: a dislexia!
Dificuldade de aprender, indisciplina, preguiça e desatenção podem ser frutos da dislexia


Tem criança que aprende fácil, fácil, a ler. Outras demoram um pouco, mas acabam aprendendo também. Com outras o processo é bem mais difícil: são meninos e meninas atormentados pela dificuldade de entender letras e algarismos (o "b" vira "d", o "16 se torna "61"), apesar de ter enorme talento em outras atividades - esportes, por exemplo.

"Cerca de 5 a 10% da população mundial em idade escolar apresentam deficiência na leitura e na escrita", explica o neurologista e neuropediatra Mauro Muszkat. "E é esse problema, a dislexia, uma das causas da evasão escolar no País."

Quem sofre de dislexia não consegue identificar as letras de uma palavra, e por isso o problema se torna perceptível durante a alfabetização. Ela se atrapalha com o que a professora escreve no quadro-negro - números incluídos. Certo é que a criança disléxica, embaraçada, foge da classe para não ter de ler perante os colegas. É importante, porém, procurar um especialista antes de tachar as crianças com dificuldade de leitura como disléxicas. São os neurologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e psicopedagogos que ajudam a diagnosticar e tratar o distúrbio.

A seguir, Mauro Muszkat detalha o que a família precisa saber sobre esse distúrbio.

1. O que é dislexia?


A dislexia nada tem a ver com a falta de audição, muito menos com o QI reduzido.
Há pais que explicam o fato de o filho tirar nota baixa no aprendizado da linguagem por ouvir mal ou pior, por ser pouco inteligente. "A criança que sofre de dislexia apresenta, na verdade, dificuldade na transformação da imagem da palavra em som, ou seja, ela faz associações erradas entre palavras e sons", enfatiza Mauro Muszkat. "Para os pais, o importante é estar ciente de que ela pode ser inteligente de outras maneiras, mesmo sem ler e escrever bem."

  2. A dislexia é um problema que se torna visível em idade de alfabetização.

Muitas vezes a criança que apresenta alguma dificuldade na leitura já é rotulada de disléxica, o que só prejudica o desenvolvimento da sua aprendizagem. Entenda: a criança que sofre de dislexia não sabe associar o som à letra de uma palavra, nem entende rimas muito bem menos brinca com as palavras. "Esses são sinais clássicos de dislexia, que exige o diagnóstico de um especialista, que vai orientar o tratamento", diz Mauro Muszkat


A criança que sofre de dislexia tem hoje à disposição um bem planejado processo de reabilitação. Apesar de não existir cura para a dislexia, a Ciência já sabe indicar o que deve ser feito para devolver a criança com esse tipo de problema às atividades normais. "O cérebro tem enorme capacidade de se reorganizar e dar ‘cobertura’ a essa deficiência", garante Mauro Muszkat.


"O ideal é que a criança disléxica comece o tratamento antes dos 10 anos", salienta Mauro. Para tanto, ele recomenda que o diagnóstico seja feito tanto por um neurologista quanto por um especialista em fonoaudiologia. E não só. "Por atingir a autoestima, a criança que sofre de dislexia é vítima em potencial de bullying", alerta o especialista. O que torna uma avaliação psicológica essencial para entender todas as causas que levaram essa criança a se tornar disléxica

2015 ... teremos muitos


domingo, 11 de janeiro de 2015

sábado, 10 de janeiro de 2015

Escola Álvaro da Franca Rocha 2015

Essa é a nova fachada da Escola. Um presente da Comunidade para nós!

terça-feira, 6 de janeiro de 2015



A inscrição para a primeira etapa da matrícula para Educação Infantil na rede municipal de ensino foi prorrogada até a próxima segunda-feira (12) e pode ser realizada em todas 426 escolas do município. Com o objetivo de dar mais transparência ao processo de matrícula das crianças de seis meses a cinco anos e 11 meses de idade, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) adotou critérios de prioridade e sorteio, caso necessário, para a matrícula 2015 da educação infantil. A medida vai garantir de forma transparente o ingresso de alunos novos, além de permitir que a Smed aprimore ainda mais o planejamento da expansão da sua oferta e a redução das mais de três mil vagas ociosas.

Com esta iniciativa, a partir da priorização das crianças de maior vulnerabilidade social na educação infantil, a Smed busca contribuir com a redução da desigualdade social na cidade, seguindo as diretrizes do governo federal. O novo processo de matrícula na educação infantil ocorrerá em duas fases: a primeira com as vagas remanescentes da rematrícula dos alunos da rede municipal e a segunda com as vagas que não foram efetivadas na primeira etapa. Dentro de cada fase serão realizadas as inscrições das crianças por seus responsáveis nas escolas da rede municipal de ensino, a divulgação do resultado de distribuição das vagas e a confirmação da matrícula na unidade escolar para a qual a criança foi contemplada.

São critérios de prioridade crianças com deficiência, responsável beneficiário do programa Bolsa Família e irmãos gêmeos participando do mesmo processo de inscrição. Enquanto a oferta de vagas for maior do que a demanda, todas as crianças serão atendidas. No caso em que a oferta for menor do que a demanda, será realizado um sorteio. Esta distribuição de vagas ocorrerá ao final do processo de inscrição em um local público e será amplamente divulgado pela Smed. Após o resultado, os responsáveis das crianças contempladas com vagas deverão comparecer à unidade de ensino para efetivar a matrícula.

Todos os alunos matriculados em unidade escolar da rede municipal de ensino em 2014, que frequentaram regularmente até as avaliações finais, não participam do processo e têm as matrículas renovadas automaticamente. O resultado da primeira etapa será divulgado no dia 14 de janeiro, conforme cronograma de matrícula para educação infantil publicado no Diário Oficial do Município do dia 15 de dezembro. O responsável poderá escolher até três unidades de ensino para inscrever a criança.

Matrícula 2015 – O processo de matrícula para os demais segmentos educacionais da rede municipal de ensino não será alterado. As inscrições serão iniciadas no dia 20 de janeiro e a previsão é que sejam matriculados 48 mil novos alunos e 124 mil renovem suas inscrições.

Confira o cronograma:

Inscrição da matrícula da Educação Infantil – 1ª Etapa 10/12/2014 a 09/01/2015 - Escolas Municipais

Renovação Automática dos alunos da Rede - 17/12/2014 a 07/01/2015 - Procedimento interno

Alunos transferidos, Concluintes da Ed. Infantil, 3º e 5º ano de escolarização - 09/01/2015 - Escolas Municipais

Alunos das Escolas Comunitárias conveniadas com a SMED – 1º Ano - 13/01/2015 - Qualquer Escola Municipal

Resultado do Processo Seletivo da Educação Infantil – 1ª Etapa - 14/01/2015 - Local a ser divulgado

Confirmação da matrícula da Educação Infantil – 1ª Etapa 16/01/2015 a 23/01/2015 - Escola que a criança foi contemplada

Alunos novos para o 1º Ano de Escolarização do Ensino Fundamental I - 20 /01/2015 - Qualquer Escola Municipal

Alunos novos dos 2º e 3º Anos de Escolarização - 21/01/2015 - Qualquer Escola Municipal

Alunos novos dos 4º e 5º Anos de Escolarização - 22/01/2015 - Qualquer Escola Municipal

Alunos novos de 6º ao 9º Ano de Escolarização - 23 e 26/01/2015 - Qualquer Escola Municipal

Inscrição da matrícula da Educação Infantil – 2ª Etapa - 27/01/2015 a 30/01/2015 - Qualquer Escola Municipal

Alunos novos da Educação de Jovens e Adultos - 27/01/2015 - Qualquer Escola Municipal

Recolhimento e Devolução dos Documentos às Unidades Escolares pelas CRE - 28 a 30/01/2015 - Unidades Escolares e Equipes Coordenações Regionais de Ensino (CREs)

Resultado do Processo Seletivo de Educação Infantil – 2ª Etapa - 04/02/2015 - Local a ser divulgado

Confirmação da matrícula de educação infantil – 2ª Etapa - 06/02/2015 a 20/02/2015 - Escola que a criança foi contemplada