quinta-feira, 1 de julho de 2021

Independência da Bahia



Três mulheres foram fundamentais para a independência da Bahia, declarada no dia 2 de julho de 1823...

MARIA QUITÉRIA

Maria Quitéria é considerada a maior heroína das lutas pela independência baiana. Entrou voluntariamente no Exército para lutar contra as províncias que não reconheciam Dom Pedro como imperador. Foi para o Exército escondida do pai, porém, após duas semanas foi descoberta, mas o major José Antônio da Silva Castro não permitiu que ela fosse desligada, por reconhecer sua disciplina militar e habilidade com as armas. Maria Quitéria participou da defesa da Ilha da Maré, da Pituba, da Barra do Paraguaçu e de Itapuã. Reformada com o soldo de alferes, Maria Quitéria voltou para a Bahia com uma carta do imperador dirigida a seu pai, requerendo perdão pela desobediência. Morreu aos 61 anos de idade no anonimato.

JOANA ANGÉLICA

A história de Joana Angélica ficou marcada pelo sacrifício da própria vida ao enfrentar o exército português. Aos 20 anos e de família abastada, optou pela vida monástica no Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, em Salvador. Com a revolta dos soldados brasileiros contra a nomeação do brigadeiro lusitano Inácio Luís Madeira de Melo para comandante das armas da província (1822), soldados portugueses derrubaram a porta do convento a golpes de machado. Joana Angélica enfrentou os soldados lusitanos e teve o peito atingido por baionetas e faleceu pouco depois. Tornou-se a primeira mártir da grande luta.

MARIA FELIPA

Maria Felipa de Oliveira é conhecida pela população da Ilha de Itaparica como “Heroína Negra da Independência”. É descrita como uma negra alta e forte, que vestia saias rodadas, bata, torso e chinelas. À frente de um grupo de mulheres e homens de diferentes classes e etnias, fortificou as praias com a construção de trincheiras, organizou o envio de mantimentos para o Recôncavo e vigilância das praias, feito dia e noite, a fim de prevenir o desembarque de tropas inimigas além de participar ativamente de vários conflitos. Liderou aproximadamente 40 mulheres na defesa das praias de Itaparica. Armadas com peixeiras e galhos de cansanção surravam os portugueses para depois atear fogo aos barcos usando tochas feitas de palha de coco e chumbo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário